Episodi

  • Quem é o Eu atrás de mim?
    May 11 2024
    É próprio da linguagem se dizer enquanto diz. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    7 min
  • Infantilismo de grandiosidade: o segredo da diferença entre Machado e Freud.
    May 9 2024
    Se o Freud estava no caminho da descoberta, ele não podia saber, antes, o que ele veio a descobrir depois. Machado de Assis já sabia desde o início desse saber que Freud veio a descobrir depois. Tanto quanto Machado, e qualquer ser humano, Freud sabia que "em privado se diz a verdade sem dissimulação", enquanto em público "unicamente frases polidas das quais não se pode tirar nada". Freud sabia desse saber mas não tirou proveito dele tanto quando Machado de Assis. Machado tinha em mãos o infantilismo de grandiosidade que faltou a Freud, por isso, Machado colocou esse, e outros conceitos, dispersos nos seus contos, romances, peças de teatro. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    4 min
  • Você precisa viver o método para descobri-lo
    Apr 4 2024
    Depois de atravessar o Rubicon a Lygia Fagundes Telles proibiu-se a si mesma dessa travessia. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    9 min
  • A própria arte da mulher impediu-a de ser artista.
    Apr 2 2024
    A atitude filosófica solicita colocar-se anterior às ideias. As ideias estão na linguagem, onde reina a confusão. Fica, então, fora da linguagem, a origem do pensamento. O pensamento vem de fora de si mesmo. Somente se cria algo novo na linguagem partindo de fora dela. Nos dias atuais, o que existe preocupante fora da linguagem, e convocando os pensadores, é o próprio homem sem linguagem. Qual é a causa que está na origem da quantidade absurda de seres humanos fora da linguagem?? A filosofia, desde seu início especializada em investigar cientificamente as "causas primeiras", é convocada para socorrer a ciência. Freud, pelo seu próprio Narcisismo, o amor por si mesmo, enquanto se iludia acreditando em Jung, se comportava como _se estivesse_ "fora da linguagem". O Narcisismo de Freud, seu amor próprio, era um impedimento a que visse seu erro. O livro A Cruel Filosofia do Narcisismo, que investiga o pensamento em estado nascente, fora da linguagem, pode ser que traga alguma contribuição à causa do autismo não-verbal. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    11 min
  • Falar já é sublimação
    Apr 1 2024
    A linguagem é sublimatlória. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    14 min
  • Como se chama uma pessoa que promete e não cumpre?
    Mar 19 2024
    Você ficou 20 anos, 30 anos, 40 anos, lutando com uma dificuldade. Não mais que de repente, você inclina a cabeça, vê sob outro ângulo, e, subitamente, fica tudo claro!! Tudo o que você não compreendia, passa a fazer sentido. Havia apenas uma pequena inclinação da cabeça, um ângulo, uma nova perspectiva. Parece inacreditável!! Você se chama de idiota, imbecil, era tão inteligente, mas não percebia, não via um fato tão evidente que poderia ter sido percebido muito tempo antes. Na verdade, até percebia, tem agora a sensação que sempre soube disso. Vem uma sensação horrível, de ter sido traído. Uma sensação vale um raciocínio, mas não raciocinou, não deu valor àquele raciocínio, ou nem quis acreditar. Na verdade, eu sempre soube, apenas não pensava nisso. Como pode uma coisa dessas? Sempre soube, mas nunca pensava nisso, e agora, pensa, em efeito retardado! E se sente um retardado. -Sou um retardado, cheguei atrasado, por que me atrasei tanto? Foi só inclinar a cabeça um pouquinho! Meu deus! Como é possível que isso tenha acontecido?? ------ Não podemos esperar nada diferente de uma pessoa que não tem palavra... Como lidar com uma pessoa que não tem palavra?... Não posso conviver com uma pessoa que não tem palavra... pessoa em que não se pode confiar, pessoa que não tem palavra... Pessoa que descumpre um trato; combina algo com outra pessoa e não o faz. Como se chama uma pessoa que não tem palavra? Significado de tratante... a verdade, apertar a mão de uma pessoa que não tem palavra, eu apertei porque eu não sabia... Uma pessoa que promete algo e não cumpre é uma pessoa que não tem palavra... Pessoa que não tem palavra, ou melhor têm duas palavras, que diz uma coisa agora e depois diz outra, em contradição a primeira... Como se chama uma pessoa que promete e não cumpre? --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    11 min
  • Dr. Dario, medida cautelar, medida preventiva, habeas corpus
    Mar 16 2024
    O esclarecimento pode conduzir à ameaça de proibição do esclarecimento, à ameaça de prisão, e à ameaça de internação psiquiátrico? Estaríamos regredindo ao total obscurantismo da idade das trevas, período em que descobertas científicas levavam à fogueira, à prisão de pensadores? Será que o politicamente correto do feminismo dá à mulher o direito absoluto para julgar como negativos esclarecimentos que, não feitos, podem conduzir ao crime ou ao manicômio? O que está acontecendo com a psicologia humana? --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    12 min
  • O poder formador da imagem.
    Mar 5 2024
    Agora proponho abandonar o tema obscuro e sombrio da neurose traumática e estudar o modo de trabalho do aparelho psíquico em uma de suas mais precoces atividades normais. Refiro-me à brincadeira infantil. As diferentes teorias sobre a brincadeira infantil foram reunidas e apreciadas analiticamente apenas há pouco por S. Pfeifer na revista Imago(V/4); posso indicar aqui esse trabalho. Essas teorias se empenham em descobrir os motivos da brincadeira das crianças sem colocar em primeiro plano o ponto de vista econômico, a consideração pelo ganho de prazer. Aproveitei, sem querer abranger o todo desses fenômenos, uma oportunidade que me foi oferecida para esclarecer a primeira brincadeira de um menino de um ano e meio de idade, uma brincadeira que ele mesmo inventou. Foi mais do que uma observação fugaz, pois passei algumas semanas vivendo sob o mesmo teto que a criança e seus pais, e levou relativamente bastante tempo até que a ação enigmática e constantemente repetida me revelasse seu sentido. Essa criança não estava de maneira alguma adiantada em seu desenvolvimento intelectual; com um ano e meio, falava apenas umas poucas palavras inteligíveis, dispondo além disso de vários sons significativos que eram compreendidos pelo entorno. Mas ela tinha boas relações com os pais e a única empregada, sendo elogiada por causa de seucaráter “comportado”. Não perturbava os pais durante a noite, obedecia conscienciosamente às proibições de tocar vários objetos e entrar em certos cômodos, e, sobretudo, nunca chorava quando a mãe a deixava por horas, embora estivesse ternamente ligada a essa mãe, que não só a alimentou por conta própria, mas também cuidou e tomou conta dela sem qualquer ajuda alheia. Só que essa criança bem-comportada tinha o hábito, às vezes incômodo, de jogar para bem longe de si – num canto, debaixo de uma cama etc. – todos os pequenos objetos que pegava, de modo que encontrar seus brinquedos muitas vezes não era um trabalho fácil. Ao fazê-lo, emitia, com expressão de interesse e satisfação, um alto e longo ó-ó-ó-ó, que, segundo o juízo unânime da mãe e deste observador, não era uma interjeição, mas significava “fort” [foi embora]. Finalmente percebi que aquilo era uma brincadeira e que a criança usava todos os seus brinquedos apenas para brincar de “foi embora” com eles. Um dia, então, fiz a observação que confirmou minha concepção. A criança tinha um carretel de madeira com um fio enrolado nele. Jamais lhe ocorria, por exemplo, arrastá-lo atrás de si pelo chão, ou seja, brincar de carrinho com ele, mas jogava o carretel com grande habilidade, segurando-o pelo fio, sobre a borda de sua caminha com dossel, de maneira que ele desaparecia dentro dela; enquanto isso, pronunciava o seu significativo ó-ó-ó-ó e então puxava o carretel pelo fio para fora da cama, agora saudando seu aparecimento com um alegre “da” [aí está]. Essa era, portanto, a brincadeira completa, desaparecimento e retorno, da qual na maioria das vezes víamos apenas o primeiro ato, e este foi repetido incansavelmente como brincadeira isolada, embora o prazer maior sem dúvida estivesse ligado ao segundo ato. --- Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/psicanaliseemato/message
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    16 min